EMUF 2026

Em Lucas 9.23, Jesus faz um convite que parece simples, mas que carrega um dos maiores desafios da vida cristã: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me.” Essas palavras não são apenas uma ordem, mas um chamado profundo para quem deseja viver o Evangelho de verdade.

O contexto desse versículo mostra que Jesus está revelando aos discípulos o tipo de Messias que Ele é. Ele não veio para dominar ou conquistar pela força, mas para se entregar em amor e obediência ao Pai, até a cruz. Quando Ele diz “vir após mim”, no original grego a ideia é de alguém que decide caminhar atrás de outro, como um aprendiz que observa, imita e segue o Mestre em cada passo. Ou seja, seguir Jesus é mais do que crer em suas palavras — é moldar a vida segundo a dEle.

Depois, Jesus diz: “negue-se a si mesmo.” Essa expressão vai contra tudo o que o mundo ensina. A cultura atual incentiva a “ser quem você quiser”, a “viver seus sonhos”, e a “colocar-se em primeiro lugar”. Mas Jesus nos chama para algo completamente diferente: abrir mão do trono do nosso próprio coração e deixar que Ele seja o centro. Negar-se não é perder a identidade, é reencontrá-la em Cristo. É deixar de viver apenas para si e começar a viver para o Reino.

Em seguida, Jesus acrescenta: “tome cada dia a sua cruz.” Para os discípulos que o ouviam, essa imagem era dura — a cruz era símbolo de morte, vergonha e sofrimento. Jesus estava dizendo: “sigam-me, mesmo que isso custe tudo.” E Lucas acrescenta um detalhe importante que não aparece nos outros Evangelhos: “cada dia.” Isso significa que seguir a Cristo não é uma decisão isolada feita num retiro, num congresso ou num culto missionário — é uma escolha diária. É morrer um pouco todo dia para o orgulho, para o conforto, para os próprios planos, e viver de novo para aquilo que Deus quer fazer através de nós.

Por fim, Jesus diz: “e siga-me.” O verbo aqui indica continuidade — é seguir hoje, amanhã e depois, mesmo quando o caminho é difícil. É nessa constância que nasce o coração missionário. Ser missionário não é simplesmente viajar para outro país ou participar de uma ação evangelística; é decidir, todos os dias, viver como Jesus viveu. É deixar que o amor de Cristo nos mova a ir ao encontro do outro, onde quer que ele esteja.

Para os jovens que desejam servir em missões, esse texto é um lembrete de que o chamado começa dentro do coração. Antes de ser um movimento para fora, é uma rendição por dentro. Negar-se, tomar a cruz e seguir Jesus não é uma perda, mas o caminho para a vida verdadeira. A missão não é uma tarefa extra da fé — é a própria forma de viver de quem decidiu andar com o Mestre.

EMUF 2026
- 18 a 24 de Janeiro
- Escola de missões urbanas de férias
- Idade 16 a 25 anos
- No valor da inscrição está incluso: alimentação, hospedagem e saídas